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Portal Movente • nov. 22, 2021

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Transtorno disfórico pré-menstrual: descubra tudo sobre TDPM

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Qual mulher nunca enfrentou em alguma parte de sua jornada sintomas relacionados a TPM, não é mesmo? Já o termo TDPM não é tão comum assim, né?


A primeira delas é muito natural e atinge a grande maioria de mulheres em seu ciclo de menstruação mensal.


Mas quando devemos prestar uma atenção mais severa e com um certo nível de preocupação, mente pensante?


Diferente da TPM habitual, a segunda, também conhecida como transtorno disfórico pré-menstrual, possui uma característica a mais em seu nome e forma em como atua em nossos corpos — além de abrir brecha para falarmos sobre saúde mental!


Sua sigla é TDPM, este “D” incluído em meio a abreviação, vem de “disfórico”, desta vez representando o sentimento de abatimento, depressão e tristeza profunda durante o período que precede a menstruação mensal.


Ao contrário da euforia e o mau-humor que algumas mulheres podem apresentar durante a pré-menstruação, o transtorno disfórico pré-menstrual faz com que a paciente desenvolva sintomas mais severos que afetam seu comportamento e saúde mental, de forma que seu cotidiano seja comprometido de maneira brusca e significante.


A mulher que possui transtorno disfórico pré-menstrual possui dificuldades em cumprir tarefas habituais e tidas como normais do dia a dia, sendo afastada por dias de suas obrigações como trabalho e os estudos.


Com grandes chances de desenvolver também quadros de ansiedade, além da depressão, as pacientes que experienciam o transtorno disfórico pré-menstrual tendem a sofrer preconceitos e serem taxadas de maneira pejorativa.


Isso tudo vai muito da falta de informação em que a população se encontra, seja pelo difícil acesso a materiais ou até mesmo pela não existência de conversas no ambiente escolar e familiar.


O tabu que envolve a menstruação é prejudicial a toda sociedade, independente de sexo ou gênero, visto que pode fazer com que as pessoas que menstruam se sintam acuadas, passando a sofrer caladas e sem procurar ajuda médica.


Além dos prejuízos causados no corpo físico das mulheres, condições como o transtorno disfórico pré-menstrual influenciam negativamente na saúde mental da paciente, tornando ainda mais árdua e dura este período tão difícil de suas vidas.


Ao longo de nossa conversa, traremos informações sobre TDPM, uma tentativa de auxiliar você nesta luta.


Iremos listar os principais sintomas, assim como possíveis causas para o transtorno disfórico pré-menstrual. Por fim, dicas sobre como o diagnóstico e o tratamento são feitos.


Vamos lá?


Quais são os sintomas do TDPM, transtorno disfórico pré-menstrual?


Diferente dos sintomas da TPM com que já temos um certo nível de intimidade, quando falamos de transtorno disfórico pré-menstrual devemos ressaltar que neste quadro, as mudanças de humor — assim como os sintomas físicos — são mais intensas e debilitantes, de maneira que a paciente se sinta incapacitada de realizar atividades normais do cotidiano.


Os relacionamentos também podem ser afetados, visto que o comportamento pode estar comprometido e ser involuntário.


De qualquer maneira, devemos ressaltar que todos estes sintomas afetam, e muito, a qualidade de vida da paciente (infelizmente).


Nos fatores psicológicos do TDPM, podemos destacar:

·        Irritabilidade;

·        Falta ou perda do controle;

·        Nervosismo;

·        Irritação;

·        Insônia ou hipersonia;

·        Agitação e ansiedade severa;

·        Depressão e tristeza profunda;

·        Dificuldade de concentração e confusão, assim como episódios de esquecimento;

·        Cansaço inexplicável e fadiga excessiva;

·        Paranoia;

·        Baixa autoestima;

·        Mudanças repentinas de humor, vontade de chorar e sensibilidade emocional.


No que diz respeito aos sintomas do TDPM no corpo físico, podemos observar também problemas internos e na derme.


São eles:


·        Retenção de líquidos, causando inchaço nos pés, mãos e tornozelo;

·        Ganho de peso durante o período;

·        Dificuldades para urinar;

·        Dor e sensibilidade nos seios;

·        Alergias respiratórias;

·        Visão embaçada e turva, assim como dor na região ocular;

·        Cólicas abdominais, constipação, náuseas e vômito;

·        Acne e irritação, causando coceiras e vermelhidão na pele;

·        Suor frio e constante;

·        Dor de cabeça;

·        Palpitação;

·        Tontura e desmaios;

·        Espasmos musculares;

·        Dormência nos membros, assim como formigamentos e câimbras;

·        Menstruação dolorosa;

·        Diminuição do apetite sexual;

·        Mudanças no apetite, incluindo perda da fome ou comer em excesso.


UFA! São muitos sintomas não é mesmo, meninas?


Mas não se preocupe, caso você esteja passando por um transtorno disfórico pré-menstrual, não vai apresentar todos estes sintomas, pelo menos não de uma só vez.


Devemos considerar também que cada corpo é diferente e reage de maneiras distintas as condições propiciadas pelo TDPM.


É importante procurar um médico quando há suspeitas sobre o quadro, pois vários destes sintomas podem ser relacionados a outras doenças.


Para desencargo de consciência, entre em contato com um profissional qualificado e de confiança, só ele poderá te auxiliar da maneira correta.


Causas do TDPM e fatores de risco


Não existem causas exatas para o desenvolvimento do transtorno disfórico pré-menstrual. Acredita-se que um dos motivos esteja relacionado as mudanças hormonais causadas pelo período em questão — e aqui falamos também sobre saúde mental!


A deficiência de serotonina pode ser causada por tais mudanças. A serotonina, é responsável pela manutenção do humor, sendo assim, é mais que compreensível que ela é considerada uma das causadoras do TDPM.


E como bem sabemos, tal hormônio pode mexer com a maneira como encaramos o dia a dia, a vida, as pessoas, o trabalho. Logo, esse é sim um assunto que também merece nossa atenção em termos de saúde mental (conte com a gente para te ajudar, mente pensante).


Quanto aos fatores de risco, podemos destacar:


·        Pacientes que tenham em sua família pessoas que possuem transtorno disfórico pré-menstrual, assim como síndrome pré-menstrual;

·        Histórico pessoal ou familiar de depressão, ansiedade, depressão pós-parto e outros distúrbios emocionais.


Tabagismo e abuso de substâncias também podem influenciar e se tornar causas para o transtorno.


Como o diagnóstico do TDPM é feito?


Além de pedir por exames físicos e laboratoriais, seu médico também irá realizar uma série de avaliações no âmbito da sua saúde mental.


Por se tratar de uma condição que afeta também sua psique, o profissional vai recomendar um tratamento embasado em terapia e muito diálogo.


Suas emoções e sentimentos serão o tema principal da conversa, isso fará com que seja cada vez mais fácil avaliar seu quadro.


Com os resultados obtidos por todos estes, ele será capaz de traçar um tratamento seguro e eficaz.


Seu médico deverá considerar os seguintes aspectos como fundamentais para diagnosticar um transtorno disfórico pré-menstrual:


·        Acompanhar seu comportamento durante um ano, observando como você e seu corpo reagem aos seus ciclos menstruais;

·        Depressão e ansiedade;

·        Irritabilidade e episódios de raiva;

·        Falta de interesse em atividades que antes gostava de fazer;

·        Temperamento;

·        Mudanças no apetite;

·        Problemas na hora de dormir, a falta (insônia) ou o excesso (hipersonia);

·        Sentimento de perda de controle ou de estar sobrecarregada;

·        Nos aspectos físicos, inchaço na área abdominal, sensibilidade nos seios e dores de cabeça.


Outros aspectos também incluem a dificuldade em funcionar normalmente perante as situações sociais corriqueiras, tais como o trabalho, faculdade e relacionamentos.


Também é importante ficar de olho em outras possíveis condições relacionadas a outras doenças.


Tratamento TDPM


O transtorno disfórico pré-menstrual é uma condição séria e crônica que precisa de tratamento constante e acompanhamento médico.


O tratamento gira em torno das seguintes abordagens:


·        Terapia com profissional qualificado;

·        Uso de medicamentos prescritos por um médico;

·        Exercícios físicos e mudanças na alimentação;

·        Estabelecer uma nova rotina;

·        Aumentar o consumo de proteínas e carboidratos;

·        Diminuir o consumo de sal, açúcar, cafeína e álcool;

·        Incluir repositores de vitaminar em sua dieta;

·        Tomar medicamentos que ajudam no balanceamento da serotonina;

·        Fazer uso de anticoncepcionais regularmente.


Por ser um tratamento longo E as dosagens dos medicamentos podem sofrer alterações no decorrer de sua vida.


Com isso em mente, nunca mude sua medicação sem acompanhamento médico,  pois isso pode agravar ainda mais usa condição.


Consegue perceber o quanto o transtorno disfórico pré-menstrual, TDPM, é sério?


Procure seu médico de confiança para maiores informações e lembre-se sempre de cuidar do seu físico e de sua saúde mental. Ambos devem andar lado a lado, não é mesmo?


Cuide de você e não se deixe prender por preconceitos e desinformação. Nós, do Movente, estamos aqui para ajudar você.


Compartilhe nosso conteúdo com suas amigas para que todas se informem melhor sobre este e outros diversos assuntos.



Aquele abraço, mente pensante. Até a próxima!

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