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Portal Movente • fev. 17, 2022

Dúvidas sobre saúde mental?

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Alcoolismo: como esse vício pode destruir sua saúde mental?

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Você já se perguntou se é alcoólatra ou se já encarou algum nível de alcoolismo? Pode parecer um tanto quanto estranho te perguntar isso logo de cara, mas é importante para a nossa conversa de hoje aqui no Movente sobre alcoolismo e saúde mental. Embarque com a gente neste papo!


A gente sabe que beber com os amigos ou familiares de maneira recreativa faz parte da vida de boa parte da população adulta mundial, visto que o consumo social geralmente não apresenta grandes ameaças a saúde, justamente pelo controle e a consciência que desenvolvemos acerca dos problemas que o álcool pode causar em nossos corpos e mentes.


O problema se agrava quando alguém não possui este controle e não escuta sua consciência avisando que chegou a hora de parar e que não se deve ultrapassar este limite — que, quando excedido, pode ser o primeiro sinal de que o alcoolismo pode estar rondando.


Para começarmos, o que é alcoolismo?


Também conhecido como transtorno do uso do álcool, o alcoolismo se caracteriza pelo padrão de uso de substâncias alcoólicas acompanhados pelos problemas em controlar a vontade de beber, passando a ficar constantemente pensando em álcool, continuando o consumo mesmo quando isso te causa problemas.


Outras características deste distúrbio incluem também o fato de que você precisa beber maiores quantidades de álcool para obter algum efeito, além de sofrer com sintomas de abstinência quando diminui o consumo ou deixa de beber por algum motivo.


Podemos considerar como consumo não saudável quando a quantidade e a recorrência com que se bebe colocam sua saúde ou segurança em risco. Incluído neste aspecto está o beber compulsivo, um padrão de bebedeira que também se dá ao consumir grandes quantidades de álcool em pouco espaço de tempo, mente pensante.


Caso o seu padrão de consumo resulta em repetidos e significantes problemas em sua funcionalidade na realização de tarefas do cotidiano, você provavelmente possui o transtorno do uso do álcool.


Logo, aproveitando o gancho do dia 18 deste mês de fevereiro, nesta conversa a gente tem a missão de ajudar a propagar a conscientização acerca dos danos que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar em sua vida.


Não importa se seu problema é leve ou severo: estamos aqui para te ajudar neste árduo caminho, te deixando atualizado sobre o assunto e cuidando de sua saúde mental.


Vamos lá?


Como o álcool afeta o cérebro?


Ressaltando o que comentamos anteriormente em outros de nossos artigos aqui do Movente, o cérebro humano é um órgão frágil e que depende de um delicado balanceamento de reações químicas e processos internos para um funcionamento adequado.


O álcool é um depressor, ou seja, se trata de uma substância que diminui a quantidade e o funcionamento dos níveis de neurotransmissores, o que pode perturbar este balanço, afetando seus pensamentos, sentimentos e ações, abem como a nossa saúde mental em longo termo.


Um exemplo disso pode ser o sentimento de relaxamento que chegamos a experienciar quando tomamos um drink (aquele!), esta sensação se dá devido às mudanças químicas que o álcool proporciona ao nosso cérebro.


A bebida pode fazer com que algumas pessoas se sintam mais confiantes e menos ansiosas em ambientes sociais, justamente pelo fato de que as substâncias derivadas do álcool suprimem partes do cérebro associadas ao fator inibição.


Quanto maior o consumo, maior o impacto do álcool na funcionalidade adequada e saudável do cérebro. E, independente do humor em que nos encontramos, com o aumento do consumo, é possível que emoções negativas se instalem, impactando cada vez mais de forma negativa nossa saúde mental.


Entre estas características negativas se encontram episódios de agressividade, raiva, estresse, ansiedade e depressão.


Alcoolismo e ansiedade têm alguma ligação?


Para alguém lutando contra a ansiedade, uma simples bebida pode ajudar para que essa pessoa se sinta mais confortável, mas este sentimento é um daqueles que passa rápido.


Este episódio curto de relaxamento que algumas pessoas podem dizer que sentem após ingerir alguma bebida se dá pelo fato de que as químicas em seu cérebro sofreram alterações devido ao contato com as substâncias alcoólicas.


Ficar dependente e contar sempre com o álcool para mascarar sintomas decorrentes da ansiedade não é um caminho recomendado a ser percorrido.


Ligar estas situações ao relaxamento e a diminuição dos sentimentos da ansiedade pode fazer com que você se vicie cada vez mais em beber, beirando o limite do alcoolismo.


Um possível cenário de efeitos colaterais deste hábito se encontra num maior risco de desenvolver certo grau de tolerância ao álcool.


Ou seja, mente pensante: com o tempo, você precisará cada vez mais beber quantidades maiores de bebidas alcoólicas para obter os mesmos resultados e sentimentos "vividos" anteriormente.


Quando chegamos aqui, o alcoolismo deixa de ser uma possibilidade e se torna uma realidade dura de encarar. Seu cérebro já considera que o consumo de bebidas é a única maneira de obter os sentimentos de relaxamento e desinibição que você tanto procura para se satisfazer.


Um círculo vicioso e perigoso de se entrar.


Quando seu corpo processa a substância e sente que a quantidade está inferior ao esperado, sua mente faz com que você carregue sintomas cada vez mais recorrentes da ansiedade.


Fazendo com que você sempre anseie pelo próximo copo, garrafa, e assim por diante.


No dia seguinte, a famosa ressaca pode vir acompanhada de mais sintomas de ansiedade. Para alguns, estes sentimentos passam quase que despercebidos, enquanto para outros, caso a ansiedade já seja uma realidade, os efeitos da ressaca pode fazer com que a condição piore.


Existem casos também em que a pessoa, quando usa bebidas alcoólicas, se torna mais ansiosa, não chegando a obter nenhum episódio de relaxamento e desinibição.


Isso se dá pelo fato de que, quando estamos bebendo, nem sempre somos capazes de responder de maneira correta a estímulos e sinais de pessoas e situações ao nosso redor.


Caso sejamos mais inclinados à ansiedade, por exemplo, podemos notar algo que seja um gatilho e interpretar isso como uma ameaça ao ambiente.


Sim, existe uma tendência de que este se torne o foco principal em nossas mentes, fazendo com que deixemos de prestar atenção em informações menos ameaçadoras ou nada ameaçadoras.


Há conexão entre alcoolismo e depressão?


Outra maneira sobre a qual o alcoolismo pode afetar a nossa saúde mental é através da depressão.

Beber de forma regular e excessiva é associado também a um dos sintomas da depressão, mesmo que seja difícil separar o que está causando e influenciando o que.


Isso significa que nem sempre é claro e objetivo identificar se o consumo de álcool faz com que a pessoa se torne depressiva ou se um paciente já depressivo virá a se tornar mais inclinado a desenvolver o hábito de beber.


Existe uma linha tênue quando falamos sobre este tópico. O que se pode confirmar acerca da relação alcoolismo-depressão é que o álcool afeta de diversas maneiras as atividades neurais e químicas em nosso cérebro, incluindo neurotransmissores importantes na regulação do humor.


Um destes neurotransmissores afetados pelo álcool é a serotonina (já falamos muito sobre ela aqui, né?).


Conhecida também como o “hormônio da felicidade”, esta química do cérebro é liberada em maiores quantidades, desencadeando intensos episódios de prazer e humor, levando até mesmo a situações de euforia extrema, o que pode trazer consigo atitudes violentas, em alguns casos.


Para pacientes já diagnosticados com depressão e que se encontram na fase de tratamento, o consumo de bebidas alcoólicas pode trazer diversos problemas.


Medicamentos prescritos para depressão não devem, sob nenhuma circunstância, ser misturados com álcool. Esta combinação perigosa se dá justamente pelo fato de que o álcool pode influenciar em quadros depressivos, piorando os sintomas de depressão, tornando-os cada vez mais difíceis de tratar.


Efeitos colaterais podem ser intensificados e aparecer mais vezes. Entre eles estão presentes a sonolência e tontura, podendo também, em casos mais graves, fazer com que alucinações, episódios violentos e pensamentos suicidas ocorram.


Alcoolismo e suicídio, autoagressão e psicose: há ligação?


O consumo de bebidas alcoólicas pode fazer com que o paciente perca contato com suas inibições e se comporte de maneira impulsiva, tomando ações que antes nunca nem haviam pensado, incluindo autoagressão, automutilação e, em alguns casos, suicídio.


Especialistas na área da psiquiatria demandam muita atenção a este assunto, visto que existe um aumento no número de casos de suicídios ligados ao uso de drogas e álcool, representando cerca de 22,4% dos casos.


Níveis extremos de bebedeira, como beber grandes quantidades diárias e por vários dias e semanas, pode ocasionalmente causar quadros de psicose, uma condição grave da psique que faz com que o paciente experiencie alucinações e sentimentos de perseguição.


Este distúrbio pode aparecer tanto pelo uso abusivo do álcool quanto pela abstinência, sendo mais comum quando uma pessoa para de beber de maneira abrupta, sem preparação e apoio de um profissional.


Uma nota importante: caso se encontre com pensamentos suicidas ou de autoagressão, ligue para o número 188. O Centro de Valorização da Vida atua como apoio emocional e prevenção ao suicídio. Um programa gratuito e seguro para te ajudar neste momento difícil.



Viu como diversos são os problemas que o alcoolismo traz para nossa saúde mental, não é mesmo?


Não hesite em procurar ajuda e saiba que nós aqui do Movente estamos sempre com você. Queremos te ajudar a viver com mais qualidade e a se ver ainda mais forte, emocionalmente falando, para deixar vícios e vencer barreiras.


Procure ajuda médica especializada para aprender, dia após dia, como controlar o consumo de bebidas alcoólicas.


Salve nosso blog em sua aba de favoritos e não perca mais nenhuma atualização sobre o mundo da saúde mental.

O MOVENTE ESTÁ DE BRAÇOS ABERTOS PARA VOCÊ!


Aquele abraço e até a próxima!

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