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Portal Movente • jan. 14, 2022

Dúvidas sobre saúde mental?

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Impulsividade: quando ser uma pessoa impulsiva se torna um problema?

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A impulsividade é um traço da personalidade que todos nós mostraremos pelo menos algumas vezes durante nossas vidas.


Seja durante uma festa ou qualquer outro momento de descontração, a impulsividade aparece como uma forma de projeção dos nossos sentimentos naquela situação.


Até mesmo comprar algo sem planejar pode ser um grande exemplo, muitos de nós já cometemos tal ato (certo, mente pensante?). Sendo um caso isolado, não apresenta grandes preocupações acerca de nossa saúde mental.


Crianças e adolescentes, por exemplo, apresentam traços de impulsividade, e isso é muito comum. Agir por impulso é a maneira como eles descobrem o mundo, dado que seus cérebros ainda estão se desenvolvendo.


Com o passar dos anos, quando a maturidade começa a aparecer, esses sentimentos de agir sem pensar nas consequências vão diminuindo, quase que desaparecendo por completo.


O problema surge quando a impulsividade, essa tendência a agir sem pensar, é recorrente e atrapalha de maneira severa o jeito como você se comporta no mundo.


É sobre isso que vamos conversar aqui no Blog Movente hoje. Continue lendo para saber mais!


Quando seus relacionamentos e tarefas do cotidiano são prejudicadas pelo seu comportamento impulsivo, já chegou a hora de procurar ajuda de um profissional qualificado, só ele poderá desenvolver um diagnóstico preciso para descobrir se você possui alguma condição subjacente da impulsividade.


O que queremos dizer aqui é que a impulsividade, apesar de ser normal em algumas ocasiões e situações de nossas vidas, ela, em excesso, assim como qualquer outra coisa no mundo, pode se tornar um problema, um sintoma de algum distúrbio mais sério.


Impulsividade pode ser um sinal de problemas maiores


Frequentemente o comportamento impulsivo pode ser associado a alguns distúrbios no âmbito da saúde mental.


Entre essas condições podemos destacar:


·        Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH): aqui se caracteriza pelas interrupções quando outras pessoas estão falando. Dificuldade em esperar sua vez em filas também é uma das características;


·        Transtorno bipolar: o cérebro de quem possui bipolaridade afeta a maneira como essa pessoa mantêm o humor, níveis de energia e capacidade de realizar tarefas do dia a dia. A impulsividade neste caso se mostra em hábitos de compras exageradas e abuso de substâncias;


·        Transtorno de personalidade antissocial: neste caso, o paciente não se atina muito ao que é certo ou errado. A impulsividade se encaixa na maneira abrupta e rude que o paciente pode tratar outras pessoas, sem pensar nas consequências, prejudicando seus relacionamentos. Abuso de substâncias pode ocorrer também.


Apesar de menos recorrentes, não podemos deixar de fora aqueles distúrbios onde a pessoa sente uma vontade incontrolável de se machucar ou machucar outras pessoas.


Existem também aqueles que se sentem compelidos a fazer coisas socialmente inaceitáveis ou fora da lei.


Podem ser decorrentes da impulsividade:


·        Transtorno explosivo intermitente: pacientes que possuem essa condição não conseguem controlar os seus impulsos violentos, descontando suas frustrações em objetos ou em outras pessoas;


·        Tricotilomania: a pessoa arranca fios de cabelos como maneira de tentar controlar a ansiedade;


·        Cleptomania: impulso incontrolável de roubar algo, mesmo que não precise ou não fique com o objeto posteriormente.


Sintomas da impulsividade, quais são eles?


Agir por impulso é algo espontâneo, neles não existem considerações acerca de consequências ou em como suas atitudes afetarão outras pessoas.


Os sintomas da impulsividade podem incluir:


·        Compulsões: estas incluem compras excessivas, apostas, abuso de substâncias e comer sem medidas;

·        Ataques de raiva: ter mudanças de temperamento e perder a cabeça com frequência;

·        Destruição de propriedade: durante um ataque de raiva, o indivíduo quebra coisas de outras pessoas ou dela mesma;

·        Falar demais: conversar sem parar e até mesmo compartilhar informações pessoais sem motivos ou intimidade;

·        Sexo sem proteção;

·        Automutilação;

·        Hipersensibilidade, fazendo com que as coisas tomem proporções exageradas.


Quais são as causas da impulsividade?


Assim como outras condições que se encaixam dentro do âmbito dos distúrbios da saúde mental, a impulsividade não se apresenta da mesma forma para todos os pacientes.


Sendo assim, não existem um conjunto de causas que justificam os comportamentos impulsivos.


O que podemos destacar é que existem diversas pesquisas sobre o assunto, uma delas consistindo no fato de que talvez a impulsividade tenha alguma ligação com o córtex pré-frontal.


Outra pesquisa sugere que existe uma associação entre a impulsividade e as conexões do cérebro.

Condições físicas como lesões cerebrais e um derrame (AVC), podem levar a sintomas que estejam ligados a comportamentos impulsivos.


A genética pode exercer um papel importante para o surgimento de condições ligadas a impulsividade.


Já fatores ligados ao ambiente em que a pessoa vive também pode influenciar. A convivência com as pessoas com quem se divide a casa e os relacionamentos pessoais podem levar a comportamentos de impulsividade.


Qual o diagnóstico da impulsividade?


Por se tratar de um sintoma de alguma condição subjacente e não um distúrbio em si, a impulsividade será levada em consideração para auxiliar seu médico no processo de diagnóstico.


Seu médico fará uma série de perguntas, como numa espécie de entrevista. Com as respostas obtidas pelas indagações, ele ou ela será capaz de descartar algumas condições e prosseguir com testes e mais perguntas, a fim de excluir as opções que não se encaixam, sobrando por fim o real motivo da sua impulsividade.


Histórico médico e exames físicos também podem ser solicitados pelo seu especialista para que um diagnóstico preciso seja realizado.


É importante que durante a sua consulta, nada seja escondido de seu médico. Compartilhe tudo que seja relevante para descobrir do que se trata a sua impulsividade.


Vale lembrar que o consultório é um espaço seguro onde você não deve se sentir envergonhado ou numa posição desconfortável. Seu médico será um ótimo ouvinte e fará o melhor para que sua condição de vida seja melhorada.


Tratamento da impulsividade


Após todo o processo diagnóstico, chegou a hora de traçar um tratamento de acordo com as suas necessidades.


Seu médico poderá recomendar terapia, medicamentos ou um conjunto das duas abordagens. Sempre considerando o que é melhor para o seu caso.


Não faça uso de nenhum medicamento sem a consulta e a indicação de um médico. A automedicação pode fazer com que o seu quadro piore, ok?


E então, consegue perceber em como a impulsividade pode ser um sinal de algo mais sério?


Não deixe de procurar ajuda médica especializada. Conte com o Movente para transformar sua qualidade de vida e sua saúde mental. Nós estamos aqui para te ajudar:

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Aquele abraço e até a próxima, mente pensante!

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