Dormir bem pode ser um desafio digno de filme para muita gente. A insônia é aquela companheira que todo mundo quer ver longe, mas que por uma série de motivos, insiste em ficar.

Os sintomas e causas da insônia são variados de pessoa para pessoa, mas neste bate-papo aqui no Movente vamos te contar não só sobre eles, mas também a respeito dos tipos de insônia e como cada uma dessas intensidades pode repercutir em sua saúde emocional e física.

Quer saber tudo sobre insônia e como esse distúrbio do sono afeta sua saúde? Cola na gente neste artigo, mente pensante!

Afinal, o que é insônia?

Aqui no Blog Movente já falamos um bocado sobre os distúrbios do sono e a insônia — e ainda temos mais alguns artigos imperdíveis vindo por aí nesta jornada.

De maneira bem resumida, a insônia é um distúrbio do sono muito frequente, bem como a apneia obstrutiva do sono, que pode atingir até 30% da população. Quando falamos que temos insônia, trata-se da dificuldade de iniciar, manter ou acordar antes do momento propício a um sono saudável, o que também podemos chamar de sono reparador.

E quando dizemos reparador, levamos ao pé da letra, já que o sono é responsável por “reparos" em nosso organismo e nossa saúde mental e física.

Ainda vamos falar um pouco mais sobre como a falta de sono pode afetar nosso corpo, mas quando não dormimos bem acabamos sofrendo com pouca memória, desvios de atenção, sonolência ao longo do dia, cansaço, indisposição e até mesmo irritabilidade.

Como saber se tenho insônia?

Por estar presente na vida de milhões de pessoas de maneira rotineira, pode ser difícil saber quando, exatamente, temos ou não insônia.

O diagnóstico da insônia pode ser feito de maneira clínica, sem polissonografia – o que seria indicado no caso de insônia derivada de apneia obstrutiva do sono, por exemplo.

Isso dito, basta catalogar a história clínica relativa ao sono do paciente e a anamnese do sono para localizarmos o quadro.

Quais são os tipos de insônia? Vejamos algumas de suas classificações!

De acordo com o CIDS-3, a insônia pode ser classificada de diferentes maneiras, indo de insônia ocasional, insônia aguda ou de ajuste até a insônia crônica. A grande diferença entre elas trata-se de seu tempo de duração.

Bora explorar um pouco mais sobre elas:

- Na insônia ocasional, falamos daquele sono fora do padrão que dura apenas alguns dias, ou seja, por fatores externos, estresse, trabalho excessivo ou algum tipo de evento que deixe você em estado de ansiedade por um curto período de tempo.

Bem como o nome diz, ela pode ocorrer ocasionalmente, mas nada que realmente vá afetar a sua qualidade de vida a longo prazo.

- Já no caso da insônia aguda, transitória (ou de ajuste), pode ocorrer de forma a durar mais semanas, uma vez que os elementos que a causam são de natureza mais séria: perdas pessoais, traumas que impactam na qualidade de vida, rotina de trabalho sempre atribulada, doenças graves pessoais ou na família.

-   No terceiro cenário, a insônia crônica, tratamos de um problema ainda mais sério e que precisa de acompanhamento, já que ele dura por mais tempo, podendo se estender por meses ou até mesmo anos.

O caso crônico deste distúrbio do sono pode estar ligado a doenças clínicas, psiquiátricas — incluindo asma, depressão, ansiedade, insuficiência cardíaca — uso de remédios, drogas, álcool, transtornos primários relativos ao sono.

Quais as evoluções e sintomas da insônia?

Os sintomas da insônia são mais que visíveis para quem convive com o problema. Um dia sem dormir bem, outro, outro… e assim vai. É claro que tudo varia de quadro para quadro e paciente para paciente. No entanto, ao longo dos dias e das semanas é possível perceber que algo está errado.

Como dissemos, não é necessário exames muito profundos para descobrir tal distúrbio do sono.

E bem como um dominó, a insônia traz muitos outros efeitos e evoluções para a vida de quem a tem. No dia a dia de um insone, convenhamos que haja cansaço, ansiedade e falta de concentração. Outros desdobramentos da insônia são:

•  Sonolência ao longo do dia;

•  Cansaço excessivo/fadiga;

•  Falta da energia para trabalhar, se exercitar, cuidar de si e da casa;

•  Irritabilidade constante, acima do normal em uma rotina;

•  Quadros de ansiedade e, por vezes, sem motivo aparente;

•  Baixa concentração e pouca memória;

•  Maior risco de ter depressão e outras doenças correlacionadas a saúde mental;

•  Dores nos músculos e no corpo;

•  Possíveis acidentes de trabalho ou domésticos, já que o cansaço excessivo e a falta de concentração podem se fazer presentes.

Você sabia que o tratamento da insônia pode ter a ver com personalidade?

Um estudo publicado em uma das maiores referências científicas do mundo, a The Lancet Psychiatry, mostra como a insônia pode estar ligada ao estilo de vida e tipos de personalidade do público estudado. O objetivo é criar mecanismos para que possamos tratar a insônia com meios cada vez mais voltados para cada tipo (são 5):

•  Tipo 1: pessoas com altos níveis de estresse, que vivem com pouca felicidade e cercadas de emoções negativas, ansiedade e depressão;

•  Tipo 2: tipo de insônia vivido por pessoas com níveis moderados de sofrimento, no entanto, que vivem com níveis aceitáveis de felicidade e emoções prazeirosas;

•  Tipo 3: pessoas com níveis moderados de sofrimento e baixos níveis de felicidade e experiências que tragam prazer;

•  Tipo 4: neste cenário, temos insônia no caso de pessoas que vivem com pouco sofrimento, mas têm insônia devido ao estresse rotineiro, levando a uma insônia de maior duração;

•  Tipo 5: pessoas com insônia, mas com baixo nível de estresse e sem um sono muito afetado por eventos estressantes em suas vidas.

Após o estudo, as conclusões apontam que é possível criar novos tratamentos voltados para cada tipo de insônia e a maneira como eles atuam no sono de cada pessoa. Além disso, é possível descobrir meios de prevenir a depressão (que pode ocorrer ao longo da vida de quem não dorme bem), entre outros desdobramentos e evoluções que citamos aqui neste artigo.

Qual o tratamento para insônia?

Como falamos acima em tratamento da insônia, podemos observá-la enquanto se apresenta clinicamente falando — seja de maneira inicial, intermediária ou final, mente pensante.

O fato é que o tratamento inicial da insônia está muito ligado ao comportamento e medidas que podem ser trazidas ao dia a dia do paciente.

Alguns exemplos de tais medidas comportamentais envolvem a higiene do sono, o TCC (técnicas comportamentais e cognitivas), que pode ser utilizado por psicólogos especialistas no assunto.

Já no quadro medicamentoso, as famosas "drogas Z”, conhecidas largamente pelo público e muito usadas por menor risco de dependência, podem ser a indicação médica. Trata-se do Zolpidem, Zoiclone, Zaleplona, entre outros.

É claro que há outras classes de remédios para insônia, mas variam de finalidade. Temos os benzodiazepínicos, anti-histamínicos, agonistas GABA seletivos, antidepressivos sedativos e outros. No entanto, eles não são as primeiras opções (ou não deveriam ser, já que são medicamentos ditos “mais fortes”).

Logo, no caso do tratamento não farmacológico, não recorremos aos remédios para alcançar o tratamento para a insônia.

Ao invés deles, vemos a avaliação psicossocial como um meio para iniciar o tratamento, seguida da terapia comportamental cognitiva, que pode ser feita até mesmo em grupos pequenos de pessoas. Assim, várias técnicas são utilizadas ao longo dos meses para melhorar a qualidade do sono (e de vida) dessas grupo.

Já no tratamento farmacológico da insônia, vemos o uso de medicamentos antidepressivos, hipnóticos ou tranquilizantes para provocar o sono. No entanto, os efeitos colaterais podem vir junto a eles, como dores de cabeça, tonturas e, infelizmente, em alguns casos, a dependência deles.

Certamente, esse não é o quadro desejado, tampouco recomendado a quaisquer pacientes — logo, a escolha de um(a) especialista é importantíssimo para que a escolha do medicamento certo aconteça.

Além disso, como bem vimos aqui neste bate-papo no Movente, a insônia pode estar diretamente ligada a depressão, portanto, mais uma vez, contar com uma pessoa que realmente compreende do assunto é essencial para tratar a causa do problema, não é mesmo?

O tratamento para insônia pode começar a partir de agora…

Se você sofre com a insônia ou conhece alguém que vem enfrentando esse problema, que tal mudar essa situação agora mesmo e buscar a ajuda certa para virar o jogo e passar a dormir melhor?

Aqui no Movente, contamos com os profissionais certos para cuidar de você e da sua saúde emocional e física.

Não deixe você e seu bem-estar para depois. Escolha viver bem, com saúde, disposição e, acima de tudo, com uma mente e um corpo sãos.

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Aquele abraço e até a próxima, mente pensante!