Nunca se falou tanto em “o novo normal”. Dito por alguns, detestado por outros, fato é: 2020 é um ano histórico em que absolutamente todas as certezas que temos foram colocadas em risco. 

Tudo aquilo que acreditávamos ter como garantido, como o direito de ir e vir, abraçar as pessoas que amamos, comemorar bons momentos em um bar ou até mesmo compartilhar um elevador, tornaram-se armas letais. 

Nossos gostos, nossas crenças, nossas certezas — tudo caiu por terra em uma questão de dias. 

Meses depois do início da quarentena, cá estamos, refletindo sobre as várias maneiras de tratar nossas mentes, afinal de contas, é impossível encontrar alguém que esteja 100% satisfeito, feliz, tranquilo ou em paz com tudo que está ocorrendo neste momento. 

Infelizmente, o volume de pessoas que faleceram devido ao Coronavírus no Brasil é alarmante e causa comoção em todos e todas nós. 

E há mais. Outros fatores também nos entristecem: a distância de quem amamos, a perda do emprego, a baixa da economia, o encarecimento dos produtos e alimentos, estarmos fechados em casa…

Por outro lado, há também as mudanças positivas trazidas pelo “novo normal” (se é que podemos usar o termo “positivo”)

Não só de ônus vive a sociedade. Há também o bônus ou, pelo menos, a tentativa de ver a metade do copo cheia. Pesquisas mostram que as pessoas estão cuidando mais de si e de suas famílias. 

Mais que isso, passamos a dar mais valor a tudo aquilo que tínhamos antes da pandemia, inclusive, aos elementos liberdade, família, amigos. 

Estamos nos reconectando aos nossos lares, ao preparar o alimento, ao lidar com nossas emoções de maneira mais próxima, sem a correria e o deslocamento de todos os dias. 

Ainda que em um período turbulento, é sempre bom termos em mente que quando olhamos para nós, para o que sentimos, temos em mãos a arma para começarmos uma revolução dentro da gente, a arma que pode nos curar.

Enfim, em meio a um cenário que coloca todas as nossas emoções à flor da pele, como podemos cuidar da saúde mental vivendo o “novo normal”?

Aqui introduzo o ponto alto da nossa jornada de hoje, mente pensante. Afinal, é claro que o “novo normal” traz consequências, principalmente ligadas à saúde mental e as fragilidades de nossas emoções. 

Estima-se que de um terço a metade da população possa apresentar alguma manifestação psicopatológica neste sentido. Por isso — e por muitos outros motivos — precisamos refletir sobre o assunto. 

Com o objetivo de tornar os desdobramentos da pandemia um pouco menores em nossa saúde mental, podemos verificar quatro dimensões fundamentais, consideradas até mesmo pela Organização Mundial da Saúde, a OMS: 

#1. Na dimensão social:

Estamos olhando para os relacionamentos em diferentes níveis e esferas sociais. A perda tão abrupta destes vínculos pode gerar consequências sérias em nossa saúde mental. 

Neste sentido, quando nos sentirmos mais seguros para tal, podemos sim visitar um familiar ou amigo, ainda que de máscara, evitando aglomerações e se cuidando ao máximo para que aquele momento não desencadeie o surgimento do vírus. 

Todo cuidado é pouco, no entanto, estamos em um momento em que a nossa saúde emocional, bem como a física, também precisa de cuidados. O que acha?

#2. Por falar em dimensão física:

Além de todos os cuidados já praticados há alguns meses, alimentar-se com qualidade, dormir bem, fazer exercícios regularmente e buscar relaxar de alguma maneira são práticas de primeira ordem para este momento (e não só para ele).

#3. Na dimensão espiritual:

Você pode não ter religião e não acreditar em absolutamente nada. Ainda assim, caso você creia, talvez seja interessante se reconectar, buscar a fé em algo como uma força maior de que coisas boas estão a caminho.

#4. Por fim:

E não menos importante, a nossa queridinha: a dimensão psicológica. Aqui, é o momento de problematizarmos o que sentimos, nossas emoções, comportamentos, o que notamos que mudou e que está nos afligindo.

Sem dúvidas, conectando essas quatro dimensões, podemos minimizar os custos que o “novo normal” vem trazendo ao nosso dia a dia, à saúde física e emocional de cada um/uma de nós. 

E você, como vem cuidando da sua saúde mental neste “novo normal”? Como o seu dia a dia tem sido? Você acredita que pode fazer ainda mais para se sentir melhor em meio ao cenário atual? 

A gente, do Movente, está aqui para te ajudar. Conte com a gente. Vamos bater um papo sobre o assunto?